21.9.11

VOLVER


voltar a alguma coisa ou a algo, ou às vezes até a alguém, é quase sempre uma mistura de coisas. é estranho, mas não é mau..

regresso à cidade onde estive um ano e que desde há um ano não a vejo. a cada passo começo aos poucos a reconhecer as ruas, os sítios, as pessoas. são memórias.. 

depois a casa! só sobreviveu o nico! mas é engraçado: ainda que a disposição da sala tenha sido alterada e as pessoas já nao sejam as mesmas, há pormenores que me prendem: o secador que cá deixei está pendurado no candeeiro da casa de banho; o carrinho das compras vermelho, que comprei na altura por 10€ duas ruas abaixo desta e do qual levei as rodas comigo no dia em que me fui embora para carregar uma das malas, já tem um novo 'andarilho'; o aquecedor que comprei no dia em que nevou (8 de março de 2009) e que tentei vender em julho, antes de me ir embora, numa feiras nas glórias, sob 30ºC, ainda se encontra dentro da caixa no hall de entrada; na cozinha, numa das prateleiras, está um saquinho da 'margão' que diz 'canela em pau', em bom português, assim como um pacote de sopa de rabo de boi que usava no frango, umas caixas de caldos knorr, sem os quais para mim a cozinha não existe, o pote de chá de frutos vermelhos e o ralador..ah, é verdade, a esponja do banho e a luva da esfoliação ainda permanecem nos mesmos sítios da casa de banho!

é bom perceber o valor que as coisas vão tendo ao longo do tempo, e a maneira como as pessoas se intrusam com elas, e não estou a falar do ralador nem da esponja! 

voltar tem muito que se lhe diga! 

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